[…] Cavou preciosidades sob nosso olhar distraido. Seus meios, seus materiais, suas bases, são julgamentos ilógicos que nos levam para uma nova experiência.”

[…] Não são conceitos, a não ser aqueles que procuramos na comoção que nos toma a contemplação de suas joias criadas. Jóias no sentido do que a terra nos deu através de suas mãos – gemas conceituais.”l
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[…]Essas peças criadas por seus olhos, mais do que por suas mãos, são uma homenagem aos primeiros dias da Criação? Esse léxico das texturas e das formas irreais nos dá uma nova linguagem – e como classifica-la?”

[…] São seres – essas peças de arte, que nos olham novamente, agora sob novo sol. Há um novo hálito criado nos achados de uma mortalidade imperecível. Restos que se alçam para conjugados, cantarem um cântico novo. E então, as convenções da arte são alteradas pelo próprio trabalho da arte.”

[…]Quando deixamos suas jóias, o sentimento que nos resta é o de que ela se adiantou a um sonho que não havíamos sonhado, mas que fortaleceu nossa aspiração de harmonia e transfiguração”.

Lagarto da praia

Foto Augusto Paiva
SOBRE O OLHAR
ACERVO
EXPOSIÇÕES
“Coletiva –“ Mulheres na Arte”

SESC Jundiaí
2018
“Coletiva”

Galeria Slaviero/Guedes
2010
“Seres Oníricos ” – curadoria Cyro del Nero

Colomb Art Gallery
A convite da Embaixada Brasileira em Londres2009
“Individual – curadoria Bettina Lenci

Espaço de Arte do Agente Cidadão São Paulo
2004
2000 – Spiro Livraria – coletiva “A Vaidade Feminina” jóias 1999 – Spiro Livraria – coletiva “Artistas Brasileiros na Literatura do Extraordinário” 1999 – Sociarte – Clube Sírio Libanês S.P. coletiva 1998 – Escritório de Arte Eduardo Fernandes S.P. – individual 1998 – Artistas Brasileiros e a Literatura – Spiro Livraria – coletiva 1997 – Sociarte – Clube Sírio Libanês S.P.- coletiva 1996 – Artistas brasileiros no Palácio da Justiça – Washigton U.S.A 1995 – Espaço de Arte em Ilhabela – “Coisas do Mar” – individual 1990 – Galeria do Instituto Yazigi -“Seres Extraordinários”-coletiva
TRAJETÓRIA
Artista plástica, faço arte no Brasil, ou ainda, na América, no sentido amplo; mas, como disse Mario de Andrade, […]acontece que sou brasileira”; e gosto de se-lo. Vivo integrada numa cultura com a qual, desde sempre estabeleci compromisso, sem abrir mão da individualidade. Para isso, paguei alto preço; mas valeu, porque fiquei livre para criar : pintura, escultura, adornos de cabeça ou de corpo, jóias e até embalagens… As reações variavam entre alegria – no caso das embalagens – ou inquietação, nas outras obras:

“Estranhos, né? , Que diferentes…!- Pessoas próximas, sempre davam conselhos, seguidos da receita: – Carolina, você está dispersa; precisa procurar uma linha… Que raio de linha era essa, já que tudo que eu fazia estava estreitamente ligado a minha expressão artistica?! Ou seria um rótulo tranquilizador o que faltava? Então, eu me voltava para os livros e para a música – grande esteio… e continuava criando. Numa ocasião, uma pessoa que admirava minha arte, falou de palestras que cenógrafos estariam participando; foi assim que conheci Cyro del Nero e foi este respeitado artista cenógafo que após folhear meu catálogo atentamente, com uma frase, -“Você é uma grande artista plástica”- fez o “caleidoscópio da vida”, finalmente fixar-se e me entendi como uma artista barroca/onírica.

Foto Helena Pelizon
Atelie: Casa Da Chaminé Azul
Situado a 50 Km de São Paulo, em Jarinu, no meio da Mata Atlantica, meu Atelie é uma das fontes da minha inspiração, pela riquesa da fauna e flora e a beleza de um lugar impar.